Abrantes


A fundação de Abrantes ter-se-á verificado em meados do século XII, resultado da necessidade de defesa dos territórios conquistados e de assegurar a vida ativa de Santarém. Nesta altura, o seu perfil é estrategicamente
 militar, condicionando a implantação da estrutura amuralhada e Castelo, num local de difícil acesso, usando o leito do rio Tejo como obstáculo natural. O rio era a principal via de comunicação e, por isso, foi implementado um importante porto fluvial. Aqui chegavam, por terra, produtos vindos do Alentejo que partiam por via fluvial para Lisboa. No regresso os barcos vinham carregados das mercadorias que por faltavam nesta região.

Abrantes deixou o seu nome gravado na história de Portugal em vários episódios como a batalha de Aljubarrota e as invasões francesas, comandadas pelo General Junot, a quem Napoleão concedeu o título de Duque de Abrantes.

Atualmente, o concelho é constituído por 13 freguesias e a sua sede evoluiu para uma pacata cidade do centro do país, a procurar a sua expansão a nível cultural e económico, Abrantes não deixa de apreciar a sua história através da criação de museus que honram o passado, bem como dá passos na apresentação da cultura presente e futura, com a criação de galerias.

Abrantes
nível económico, a base assenta na indústria, com predominância das metalúrgica e metalomecânica, dando destaque à Mitsubishi Motors, instalada no Tramagal, e a recentemente encerrada Central Termoeletrica do Pego. A indústria agroalimentar também tem um grande peso na economia local. Há ainda outras áreas que se encontram em expansão, como a indústria da cortiça, madeira, azeite, vinho e culturas horto e agroindustriais.

O município tem procurado desenvolver-se nos campos industriais e empresarias, dando apoio à criação de novas empresas. É exemplo disso a criação do Parque Tec­no­ló­gico do Vale do Tejo, ins­pi­rado no con­ceito de parque de ci­ência e tec­no­logia, que ma­te­ri­a­liza uma das maiores apostas de di­fe­ren­ci­ação e al­cance es­tra­té­gico que o Mu­ni­cípio de Abrantes tem vindo a perseguir, no sen­tido de am­pliar a ca­pa­ci­dade de ino­vação e ge­ração de valor na eco­nomia local e re­gi­onal.

Este Parque Tec­no­ló­gico é ge­rido pela Ta­gus­Valley e cons­titui-se como um com­plexo de ser­viços onde operam várias empresas. Assim, o concelho dispõe de centros de produção de competências e de transferência de conhecimento técnico-científico, ao mesmo tempo que a autarquia disponibiliza um quadro de incentivos municipais atrativo e diferenciador, sempre com o objetivo de desenvolver a região.

Abrantes_Aquapolis
A agricultura, devido aos solos férteis encontrados na região, também tem um lugar de destaque na economia do concelho e, para promover os produtores da região, foi inaugurado em 2015 um mercado em pleno centro histórico da cidade. Aqui, predominam produtos hortículas, fruta, talhos, peixaria, padaria, pastelaria e floristas, bem como artesanato local.
 
A nível de lazer e turismo, o concelho é banhado pela Barragem de Castelo de Bode, onde predominam as praias fluviais. O destaque  vai para a Aldeia do Mato, onde se praticam algumas atividades aquáticas. No rio Tejo, que banha o concelho, há também a prática de desportos como a canoagem, no açude que avizinha a cidade.
 
Abrantes localiza-se no centro do país e, a nível de transportes, é servida por acessos rodo e ferroviárias que permitem fácil acesso aos principais centros de produção, distribuição e consumo do país. Os TUA – Transportes Urbanos de Abrantes, que compreendem três linhas, permitem cobrir toda a zona urbana da cidade. Servida pela A23, a cidade tem ligação fácil a outras zonas do país, assim como a Espanha.

A gastronomia do concelho sofre as influências ribeirinhas, da Beira Baixa e do Alto Alentejo. Da ementa destacamos os pratos típicos como a sopa de couve com feijão, o cabrito guisado ou assado no forno, os pratos de peixe do rio, o bacalhau assado com migas; as carnes de caça e o bucho. Acompanhe com o vinho produzido na região. Destaque ainda para pro­dutos re­gi­o­nais como o mel, os li­cores, os queijos e os en­chidos feitos de modo tra­di­ci­onal em char­cu­ta­rias fa­mi­li­ares cen­te­ná­rias. 
Na doçaria, sa­li­entam-se a palha de Abrantes, as ti­ge­ladas, as broas de mel ou dos santos, a lam­preia de ovos, as limas, as cas­ta­nhas doces e os mu­latos.
 
 
 
 
Fonte: Câmara Municipal de Abrantes

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