O território do Concelho de Almeida apresenta vestígios arqueológicos de presença humana desde o paleolítico. São evidentes no concelho núcleos castrejos da Idade do Bronze e do Ferro. Existe também informação sobre a presença romana. Mas é no período medieval, com especial destaque para a época da formação da nacionalidade, que se estrutura a linha evolutiva caracterizadora do território. Devendo-se esta evolução a dois factores fundamentais: a sua localização no limite fronteiriço do território português e a criação dos concelhos, como forma de garantir o povoamento da fronteira.
O rio Côa constituiu, durante um largo período temporal, o limite dessa fronteira entre o Reino de Leão e o território português. O avanço da linha de fronteira, acabou por condicionar o desenvolvimento futuro, porém proporcionou a Almeida e Castelo Bom uma importância estratégica predominante.
Existem várias versões para origem do nome Almeida. Mas o que todos concordam é que o nome é de origem árabe. Uns referem que vem do árabe Al Mêda e que significa a mesa, pelo facto da povoação se encontrar situada num vasto planalto, no planalto das mesas. Há também quem afirme que vem do árabe Atmeidan que significa campo ou lugar de corrida de cavalos. Frei Bernardo de Brito,afirma que o topónimo deriva da configuração do terreno em que a vila se encontra edificada e cujo nome original é Talmeyda. Já a lenda diz que a sua origem vem de uma mesa cravejada de pedras preciosas que em tempos existiu naquele lugar.
A vila de Almeida está rodeada por um polígono defensivo de muralhas de forma hexagonal, que constituem um raro exemplar da arquitetura militar, situada a cerca de 760 metros de altitude. É um dos 14 concelhos que compõem o distrito da Guarda e faz fronteira também com Figueira de Castelo Rodrigo, o Sabugal e Espanha. O concelho é atravessado pelo Rio Côa, que nasce na Serra da Mesas, próxima da Serra da Malcata, e desagua na margem esquerda do Douro, perto de Vila Nova de Foz Côa.
Neste Concelho encontrará uma gastronomia que vai desde os enchidos e queijos até aos pratos típicos que têm por base a caça da região, com destaque para o coelho à caçador e o arroz de lebre, mas também os pratos de cabrito e borrego assados, a burzigada, a açorda de alho e a salada de meruges. No que diz respeito à doçaria, Almeida é conhecida pelo pão de ló, o doce de abóbora, a marmelada, o doce de tomate e cereja, a bola doce e a bola parda. Como acompanhamento da sua refeição ou sobremesa, não dispense a ginja e a jeropiga.
Em termos de estrutura económica pode dizer-se que o Concelho de Almeida é predominantemente rural. A atividade agrícola, por vezes complementada por pequenas explorações agro-pecuárias, desenvolve-se em áreas de pequena dimensão dispersas por todo o Concelho, e assume um carácter predominantemente familiar. É uma atividade importante do ponto de vista da subsistência de um número significativo de famílias do concelho. O setor secundário caracteriza-se pela existência de algumas pequenas e médias unidades industriais, representadas pelas áreas da alimentação, da madeira e de transformação de mármores e granitos.
O setor terciário, que corresponde aos serviços e infraestruturas necessárias ao bem estar e comodidade dos habitantes e visitantes do concelho caracteriza-se sobretudo por agências bancárias, escritórios de advogados e de contabilidade bem como algum comércio tradicional e pequenas unidades hoteleiras, mas também os serviços considerados de natureza social adquirem alguma relevância, através do trabalho desenvolvido pelas instituições de solidariedade social existentes, nas áreas de apoio e acolhimento de idosos e também de apoio à primeira infância.
O concelho é servido pela linha ferroviária da Beira Alta e pela A25. Em termos de acessibilidades intra-concelhias o concelho de Almeida possuie também três estradas nacionais.
Fonte: Câmara Municipal de Almeida