Fruto da ação de civilizações diversas que deixaram marcas sucessivas no seu território, a história de Condeixa começa a desenhar-se a partir do século II a.C., com a emergência da cidade romana de Conímbriga. Os vestígios da presença romana podem ainda hoje ser admirados nas ruínas e no Museu Monográfico de Conímbriga.
Uma depressão económica fez agonizar o império romano, motivando o seu abandono do povoamento. O século V trouxe as invasões bárbaras e o domínio muçulmano da Península Ibérica impôs-se, a partir do século VIII. Na Reconquista, e após a recuperação dos territórios de Coimbra, Conímbriga seria abandonada de forma definitiva e os escassos habitantes que lá permaneciam, viriam a constituir Condeixa, no vale a norte.
Durante o século XIV, as menções confirmam duas realidades a que Condeixa terá estado ligada desde sempre: a presença de moinhos, atestando uma vocação para a moagem de cereais, e a caracterização de um lugar de passagem, consequência da sua localização estratégica, traduzindo-se no progressivo desenvolvimento de uma "vocação albergueira".
Fruto da prosperidade dos descobrimentos marítimos, dá-se no concelho a edificação de palácios e solares, de famílias nobres. Um outro indício do seu desenvolvimento traduziu-se no reforço da sua importância viária com a reconstrução e alargamento da estrada real que estabelece a ligação Lisboa-Condeixa-Coimbra – a atual IC2.
No século XIX, porém, Condeixa foi palco de movimentações de forças belígeras que interromperam bruscamente o seu progresso. Assim sucedeu com a terceira invasão francesa, pela qual a freguesia, saqueada e incendiada, conheceria o violento rasto de destruição deixado pelas tropas de França, que não poupou nem os palácios, nem mesmo a Igreja Matriz.
Condeixa-a-Nova caracteriza-se por uma realidade física e sociocultural peculiar onde confluem e se harmonizam dimensões muito distintas e conta, segundo os censos de 2021, com cerca de 16.732 habitantes. Este concelho fica situado na faixa litoral da região centro, distando sensivelmente 200 Km, a norte, de Lisboa, 120 km, a sul, do Porto e somente 10 km da cidade de Coimbra.
De um modo global, o concelho beneficia de uma acessibilidade privilegiada. Figueira da Foz e as suas praias também não ficam muito distantes. O mesmo se diga da Serra da Lousã, com as suas aldeias de xisto, matas e paisagens grandiosas, acessível pela vila homónima e por Miranda do Corvo ou através de Penela, Espinhal e Castanheira de Pêra.
Na atual Condeixa-a-Nova, a construção de casas e prédios de habitação, de edifícios cívicos e de outras infraestruturas tem avançado a um ritmo rápido, procurando satisfazer as necessidades dos seus naturais e de quem, agora e cada vez mais, procura Condeixa-a-Nova para viver.
A beleza paisagística do concelho permite também apontar vários locais de interesse a quem o queira visitar. Fenómenos geológicos como os lapiás ou as Buracas do Casmilo atraem cada vez mais curiosos à Serra de Sicó. Do reino da pedra pode passar-se rapidamente ao império da água, graças à Reserva Natural do Paul de Arzila, um santuário de vida natural.
O património edificado, como os inúmeros palácios que atestam a fidalguia de Condeixa, constitui outro dos grandes atrativos deste concelho. Alguns deles foram transformados em unidades hoteleiras, como a Pousada de Condeixa ou o Paço da Ega, prontas a acolher o visitante com tradição e conforto.
Fonte: Câmara Municipal de Condeixa