A ocupação humana deste território remonta, de acordo com os estudos arqueológicos realizados, ao Neolítico como provam alguns vestígios deste período encontrados no concelho. Há provas também de comunidades ao longo do Megalitismo, da Idade do Ferro, da época Romana e da Idade Média. Está comprovada a existência de pequenos povoados dedicados à agricultura e à pastorícia, fruto de uma região fértil e apta a estas atividades. Da Idade Média existem referências, desde o século X, às denominadas Terras de Santa Maria, que incluiriam os territórios de Avanca, Antuã, Canelas, Fermelã, Roxico, Beduído, Salreu e Veiros. No século XIII, as comunidades já se dedicariam também a outras atividades não agrícolas, como a salinífera e a piscatória.
A Comarca de Estarreja confirma-se de importância administrativa com a chegada do caminho-de-ferro, que vai potencia o comércio e alterando a importância da navegação na Ria, que havia transformado Estarreja no segundo porto produtor de sal, apenas ultrapassado por Aveiro.
A era industrial ligada, numa primera fase, a pequenas fábricas locais – com especial enfoque na Sociedade de Produtos Lácteos, cofundada por Egas Moniz e adquirida pela Nestlé – identifica-se com a gradual instalação do complexo químico, um dos maiores do país. No início do milénio, é fundado o Eco Parque Empresarial, sinal do novo conceito de desenvolvimento sustentável industrial e empresarial.
Estarreja é elevada a cidade em 2005, ano em se cria o Parque Municipal do Antuã e se reabre o Cine-Teatro, na afirmação de uma marca cultural que referencia o município a nível regional e nacional.
Detentor de um património natural ímpar, o Município de Estarreja possui mais de 500 km de frente ribeirinha polvilhada e recortada por múltiplos esteiros e ribeiras, que lhe conferem verdadeira beleza paisagística. Para além dos esteiros construídos a partir das ramificações da Ria, existe ainda um elemento natural muito importante no concelho – a Árvore Centenária, na freguesia de Veiros.
Terras humanizadas, de uma biodiversidade única e composta por inúmeras espécies de flora e fauna autóctones, algumas ameaçadas, raras e de elevado valor conservacionista como a lontra, o toirão, a garça-vermelha, a águia-sapeira, entre outros. Todas estas maravilhas naturais do concelho podem ser descobertos nos vários percursos de natureza que o concelho oferece aos seus habitantes e visitantes.
Num município onde, na gastronomia, o leitão é rei, há muito potencial a descobrir e aproveitar. Aventure-se no kayak e descubra a Ria, conheça as espécies que aqui procuram abrigo, ou aproveite para descansar no centro da natureza.
Fonte: Câmara Municipal de Estarreja