De acordo com uma das lendas locais, o nome da vila terá origem num fora-da-lei que aqui terá habitado, de nome "Macôr". Este salteador vivia numa caverna a que davam o nome de Penha. Com o passar dos tempos, o nome adulterou-se e passou a chamar-se Pena, ficando assim a terra a ser conhecida por Penha de Macôr ou Pena Macôr. Segundo outra versão, uma luta feroz entre os seus habitantes e salteadores originou tanto derramamento de sangue e de tão má cor, que a vila ficou a ser conhecida por Penha de má cor.
Os vestígios mais remotos da ocupação do território apontam para horizontes pré e proto-histórico, com vestígios arqueológicos dispersos por vários locais da atual área concelhia. Quando as legiões romanas chegaram, depararam-se com a resistência dos lusitanos, tribos aguerridas que viviam essencialmente da pastorícia. O processo de romanização deixou marcas evidentes em toda a região.
Em termos políticos e militares, a posição de Penamacor viria a assumir particular relevância ao longo de vários séculos, no contexto das relações com os reinos vizinhos de Leão, Castela e Espanha, sendo frequência palco frequente de movimentações militares, sobretudo em períodos agudos da nossa história, como foram as guerras da restauração da independência e das invasões francesas.
Hoje, Penamacor é uma vila repleta de motivos para visitar. Envolta numa paisagem natural de extrema riqueza, convida os turistas e habitantes à observação de pores-do-sol, à descoberta da Reserva Natural da Serra da Malcata ou à visita do património arquitetónico que conta a história do concelho e das gentes que por aqui passaram.
No Natal, mantém-se nos dias de hoje a tradição da queima do madeiro, à volta do qual a população se reúne à volta de uma fogueira de grandes dimensões, dando um toque de magia à vila nesta época do ano e oferecendo a Penamacor mais um motivo de visita.
A gastronomia tradicional de Penamacor é resultado dos produtos produzidos localmente, e reflexo dos comeres de outros tempos, quando as sopas à base de batata, couve, feijão e grão-de-bico pautavam a alimentação quotidiana, intercalada com rações da conserva em salmoura do porco, e de enchidos. As carnes frescas, de aves, cabra ou cabrito, ovelha ou borrego, mais raramente de vaca, assadas no forno a lenha, estufadas ou guisadas em panelas de ferro eram reservadas para algum acontecimento extraordinário ou para as épocas festivas.
Da matança do porco, conforme as localidades, resultavam pratos de arroz de carnes ensanguentadas - o arroz da espinhela, suã ou cevã-, nacos de soventre cozido, assados da fressura e febras assadas ou guisadas.
O queijo, azeitonas de conserva, o toucinho, os enchidos e, mais raramente, o presunto serviam para acompanhar o pão, tradicionalmente cozido nos fornos comunitários. Os doces giravam à volta do leite, com o qual se faziam os bolos de leite, o arroz-doce e as papas-de-milho.
Penamacor é um concelho com várias infraesruturas de serviços e lazer, como as termas, piscinas municipais e parque de campismo para servir os seus habitantes e visitantes com maior conforto e comodidade.
Localizado perto da fronteira com Espanha, o município é servido por estradas que o ligam tanto ao país vizinho, como a importantes sedes de distrito do nosso país. Embora limitados, existem transportes públicos gratuitos que ligam as freguesias do concelho, para uso dos seus habitantes.
Fonte: Câmara Municipal de Penamacor