Sobral de Monte Agraço tem uma longa e rica história. Mas foi Joaquim Inácio da Cruz, que contribuiu para o crescimento do município, através da edificação de um conjunto de infraestruturas de que a vila não dispunha. Para além do Solar da Família Sobral, mandou construir a Casa da Câmara e a cadeia, o chafariz, a praça pública de traça pombalina, estradas e pontes. Mandou fazer a pesquisa de águas nas suas terras, abrir minas para abastecer a vila e deu incentivos à fixação de fábricas. Faleceu em 1781, sem deixar descendência, passando o Morgado do Sobral para o seu irmão Anselmo José da Cruz.
Durante as Invasões Francesas, Sobral de Monte Agraço testemunhou outro período marcante para a sua história ao integrar a primeira linha de defesa de Lisboa – as Linhas de Torres Vedras –, com vista à defesa da capital do reino e que foi reconhecido, a nível nacional e internacional, como o maior sistema de defesa militar de campanha do mundo.
Os acontecimentos vividos na região nesse período marcaram profundamente a vida das suas gentes, mas também foram determinantes para a história do país e da Europa. No episódio da terceira invasão francesa, Sobral de Monte Agraço teve um papel decisivo ao travar a progressão das tropas francesas a caminho de Lisboa, nomeadamente através dos combates de Sobral e Seramena e do Forte Grande do Alqueidão.
Sobral de Monte Agraço guarda, assim, séculos de história corroborados por diversos factos do passado que ainda hoje persistem nas fontes documentais e nos arquivos, mas também nas ruinas, igrejas, capelas, quintas e casas senhoriais, fortes e moinhos, na toponímia das praças e ruas.
O concelho de Sobral de Monte Agraço ocupa uma área de 52,10 km2 e é constituído por três freguesias: Sapataria, Santo Quintino e Sobral de Monte Agraço, onde habitam cerca de 10.540 pessoas, que têm vindo a contribuir para o crescimento e edificação da área periurbana, assim como para a implementação de serviços de apoio à população residente.
Quanto ao modelo de povoamento, o concelho assenta numa lógica que se correlaciona com a pequena propriedade. Assim, as povoações são caraterizadas por uma considerável dispersão e organizam-se, essencialmente, em casais, lugares e aldeias. A freguesia de Sobral de Monte Agraço, sede de concelho e mais urbana, é aquela que apresenta uma estrutura de povoamento mais concentrada.
No turismo, além da proximidade à fauna e flora locais, através de percursos e caminhadas que pode realizar ao longo do concelho, pode esperar ver sobretudo monumentos de cariz religioso e militar. Outros vestígios de parimónio arquitétonico podem ser visitados, sobretudo, no centro da vila.
Na gastronomia destacam-se a fritada, um prato típico composto por carne de porco frita acompanhada por batatas cortadas aos cubos, também fritas; a uvada, um doce que se confeciona durante a época das vindimas, com o mosto da uva, canela e maçã bravo de Esmolfe; e os bolos de perna ou bolo de ferradura.
A facilidade de acesso à A8, que liga o concelho a Lisboa numa viagem de cerca de 45 minutos, faz com que Sobral do Monte Agraço seja um paraíso rural e natural a um passo da cidade, ideal para quem pretende manter a proximidade, mas também abraçar um estilo de vida mais saudável, de comunhão com a natureza.
Fonte: Câmara Municipal de Sobral do Monte Agraço