Tomar, cidade com 36.413 habitantes, é a capital política da Comunidade Urbana do Médio Tejo e sede de concelho homónimo com 11 freguesias, 352 km, foi sede das Ordens Militares do Templo e de Cristo. Com mais de 30 mil anos de fixação humana neste território, Tomar foi fundada por D. Gualdim Pais em 1160, sendo o Infante D. Henrique um dos responsáveis pelo seu crescimento.
A fixação humana neste território deveu-se ao excelente clima, água abundante, fácil comunicação fluvial e excelentes solos para a prática agrícola. Das sucessivas marcas civilizacionais pré-históricas restam utensílios, grutas, antas, povoados, algumas lápides, moedas, esculturas, peças utilitárias, a lenda de Santa Iria, a toponímia, as rodas de rega e os açudes de estacaria.
Os romanos fundaram a cidade de Sellium, ou Seilium, cujas ruínas do fórum e de vestígios das habitações da época atestam. Pelos meados do século VII, aqui houve conventos de freiras e frades, datando dessa época o episódio visigótico e lendário do martírio de Santa Iria.
Thomar nasce com o castelo, cuja construção, pela mão da Ordem dos Templários, bem como a da Vila de Baixo, se prolongou por 44 anos. No século XIV, com a permanência do Infante D. Henrique enquanto Administrador da Ordem de Cristo, a Vila beneficia de um grande desenvolvimento, sendo urbanizada a zona da Várzea Pequena, paralelamente à Corredoura e perperdicular ao rio.
No período da dominação filipina, os reis espanhóis investem em Tomar: obras do claustro principal do Convento e Aqueduto dos Pegões, bem como a criação da ainda existente Feira de Santa Iria.
Entre os meados do século XVII e finais do século XIX, verifica-se um grande desenvolvimento industrial com a Fábrica de Balas do Prado, de Vidros da Matrena, Chapéus e de Fiação e Tecidos e diversas fábricas de papel.
Nos anos 50, foi inaugurada a que seria a maior barragem hidroeléctrica do país nas cinco décadas seguintes: a Barragem do Castelo do Bode.
Em 1983, a UNESCO reconheceu o conjunto Castelo Templário-Convento de Cristo como Património Mundial e, no início dos anos 90, deram-se os primeiros passos para a recuperação e consolidação do Centro Histórico.
Tomar é uma cidade plena de instituições culturais e tradições, com reflexo nas bandas Gualdim Pais, Nabantina e Payalvense, no Cine-Teatro Paraíso, no Museu de Arte Contemporânea, o complexo desportivo aquático; a Festa dos Tabuleiros, que dá uma projeção nacional e internacional à cidade, a que se deslocam milhares de pessoas para a ocasião; mas também a União dos Amigos da Ordem de Cristo e a Comissão de Iniciativa e Turismo, duas instituições para a proteção e divulgação do Património.
O centro histórico, onde se situam a Câmara Municipal e a Igreja Matriz, é a Praça da República, a partir da qual irradiam os principais edifícios públicos e religiosos: a Sinagoga, o antigo Hospital da Misericórdia, o Convento de S. Francisco e o antigo Rossio da Vila; a sede da Assembleia Municipal, as capelas de S. Gregório e da Senhora da Piedade e o antigo Convento da Anunciada; a colina do Castelo, a Ermida da Senhora da Conceição e o Convento de Cristo; as antigas Moagens e Moinhos da Vila, o Convento de Santa Iria, a Igreja de Santa Maria do Olival e zona escolar da cidade, com o Instituto Politécnico a rematar.
Plena de beleza natural, é o oásis perfeito para quem pretende sair da azáfama da cidade, mantendo qualidade de vida, com todos os serviços necessários ao dia a dia em comunhão com a natureza que a envolve. Os acessos rodoviários são fáceis, a norte e a sul. É terminal rodo e ferroviário, permitindo-lhe ligação a vários pontos do país através de transportes públicos.
No turismo, é dotada de praias fluviais, parques e espaços verdes, proporciona momentos de lazer, de exercício ao ar livre e permite a prática de desportos náuticos a todos os seus habitantes e visitantes.
Em termos gastronómicos, não poderá perder as famosas fatias de Tomar ou os beija-me depressa. Os vinhos da região são muito apreciados no mercado nacional e internacional e os seus produtores estão frequentemente representados em feiras do país. No pratos principais, estão tipicamente presentes os peixes de rio e os pratos na caçarola, reflexo de tempos passados.
Fonte: Câmara Municipal de Tomar