O território de Vila Velha de Ródão constituía um ponto estratégico na delimitação das fronteiras cristãs, face aos muçulmanos, e na garantia da liberdade de navegação do Tejo, daí advindo a necessidade de edificação do seu castelo, torre de vigia rodeada por cintura de muralhas, localizado num ponto estratégico no topo das Portas de Ródão.
Da presença muçulmana e das guerras da Reconquista, o castelo de Ródão e o lendário local constituem testemunhos inequívocos, tendo o rio como sinal de fronteira da cristandade, guardada pela Ordem dos Templários.
A importância de Ródão advém do porto do Tejo, que dava passagem a uma estrada comercial e pastoril, fundamental para assegurar o fluxo de mercadorias do interior para o litoral e do litoral para o interior, que tinha em Ródão o seu local privilegiado. Até ao porto do Tejo chegavam as embarcações que subiam o rio, auxiliadas pela força humana e de bestas que ajudavam a vencer os rápidos, usando os muros de sirga que ladeiam as margens do rio. Este tráfego fluvial foi muito ativo até à construção do caminho-de-ferro da Beira Baixa, que retirou ao porto do Tejo e a Vila Velha de Ródão a relevância económica que até essa data desempenhou em toda a região do interior Beirão.
Do ponto de vista estratégico-militar, nos séculos XVIII e XIX, ocorreram em Vila Velha de Ródão um conjunto de ações militares no contexto da Guerra dos Sete Anos e das Invasões Francesas que colocam esta vila nos anais da História de Portugal, e cujas obras de defesa são ainda hoje visíveis na serra das Talhadas.
A construção da ponte metálica e do caminho-de-ferro contribuíram para o desenvolvimento do concelho. Foi também nesta altura que se introduziu a olivicultura intensiva nesta região, que tão marcadamente contribuiu para as alterações na paisagem e economia locais.
O município possui inúmeros vestígios de património arqueológico e arquitetónico visitáveis no terreno, mas também nos seus espaços museológicos, muito didáticos e representativos dos mais importantes pontos de interesse para quem quer descobrir a génese e a essência deste território.
Numa terra de lendas e tradição, deixe-se deslumbrar pela natureza nos percursos turíticos, observe de perto a arte rupestre e conheça os seus núcleos museológicos. Em alternativa, deixe-se encantar pela dicotomia entre o azul da água do rio Tejo e o verde das serras através de um passeio de barco ou cruzeiro.
O concelho de Vila Velha de Ródão está serviço por boa uma rede de vias de comunicação, situando-se na confluência de importantes vias rodoviárias que estabelecem ligações eficazes e rápidas aos mais importantes centros urbanos nacionais. A autoestrada A23 posiciona o concelho a menos de duas horas de Lisboa e a cerca de duas horas e meia do Porto. A ligação a Coimbra, através do IC8 e da A13, possibilita chegar a esta cidade em cerca de uma hora. A linha da Beira Baixa disponibiliza ligações para passageiros de comboios inter-regionais e intercidades a partir do concelho.
Dos produtos locais, o grande destaque vai para o azeite, mas também os queijos, o mel, o presunto, o vinho e a padaria e pastelaria tradicionais fazem parte da produção e Ródão e da sua gastronomia.
No artesanato, predominam as peças de trapologia, tapeçaria e os bordados. Mas também os artefactos em cortiça, trabalhos em xisto e em madeira reciclada podem ser apreciados e comprados no comércio local da região.
Fonte: Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão