Situado perto do Santuário de N.ª Sra. da Nazaré, é um teatro romântico tipo italiano, do início do século XX. O autor do projecto foi o arquitecto Ernesto Korrodi, em 1908.
Korrodi pretendeu adoptar para o teatro um sistema de palco e plateia semelhante ao do La Scala, em Milão. As vantagens da planta em forma de ferradura de cavalo eram enormes ao nível da acústica: o som difunde-se com clareza, inundando a sala.
Em Fevereiro de 1908 as obras da primeira empreitada estavam concluídas. Contudo, as obras de reconstrução do teatro não continuaram, após Fevereiro.
Os trabalhos viriam a ser retomados a partir de 1923. No dia cinco de Fevereiro é colocada a pedra que inaugura a nova fase de obras. A Casa da Senhora da Nazaré disponibiliza uma verba extraordinária, quatro mil escudos, que no início do século XX, era uma pequena fortuna. A Casa da Senhora da Nazaré pretendia transformar o seu teatro num recinto digno de acolher os mais ilustres artistas. Para o efeito contratou Frederico Ayres, de Lisboa, para a execução e pintura do cenário.
Frederico Ayres foi ainda responsável pelos frescos do teatro, bem como das pinturas de um pano de boca, ainda hoje existente. Dos materiais utilizados para o embelezamento do teatro, destacam-se trinta contas de ouro para a pintura, de que hoje não restam vestígios.
Em 1926 as obras foram dadas por concluídas. Ao entrar deparamo-nos com um lindo pano de boca de cena, representando uma mulher, com trajos romanos, olhando para a plateia. No proscénio, a ladear o escudo português encontram-se as iniciais (CN) de Casa da Nazaré, e frescos sobre a comédia e a tragédia grega. Por sua vez, o tecto apresenta motivos florais.
A 5 de Fevereiro de 1926, Chaby Pinheiro e a sua Companhia, a convite da Casa da Nazaré, estreou a sala de espectáculos. Foram representadas duas peças: O Conde Barão e O Leão da Estrela. Por ter inaugurado o teatro da Casa da Nazaré, este recebeu o nome do famoso actor, nome que perdura até aos dias de hoje.
O Teatro Chaby Pinheiro terá um papel crucial no desenvolvimento do teatro amador na Nazaré, ao longo da sua existência. Muitas peças levadas à cena pelo Grupo Amador de Teatro da Nazaré, na década de quarenta, foram ensaiadas e representadas neste valioso espaço.
Fonte: http://www.cm-nazare.pt/